O setor de veículos pesados viveu um ano de forte retomada em 2024. De acordo com o Anuário da FENABRAVE, as vendas de caminhões cresceram 17,4% em relação ao ano anterior, refletindo a confiança do mercado na renovação da frota e a adaptação à nova tecnologia ambiental EURO 6.

Crescimento Sustentado Mesmo com Desafios

Apesar de um ano mais tímido para o agronegócio – tradicional impulsionador da demanda por caminhões –, o mercado compensou com aumento da eficiência operacional dos novos modelos e ampliação da frota para setores urbanos e logísticos.

A introdução dos caminhões com motores EURO 6 exigiu investimentos, mas trouxe vantagens reais: menor emissão de poluentes, maior rendimento por litro de diesel e ganhos operacionais que estimularam transportadoras e caminhoneiros autônomos a investir.

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Líderes de Mercado: Quem Mais Emplacou?

Os dados de emplacamentos por marca mostram uma disputa acirrada entre os grandes fabricantes, com Volkswagen/MAN, Mercedes-Benz, Scania, Volvo e Iveco mantendo-se entre os favoritos do mercado. Os modelos mais vendidos concentraram-se nas categorias semipesados e pesados, com destaque para caminhões voltados ao transporte rodoviário de longa distância.

 Dica para empresas
Investir em caminhões que atendam aos padrões EURO 6 pode gerar economia de até 8% no consumo de combustível, além de tornar sua frota mais competitiva em processos logísticos sustentáveis.

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Mercado de Usados: Valorização e Demanda

A forte demanda por renovação impulsionou também o mercado de caminhões usados. Segundo o Anuário:

• Em algumas regiões, as vendas de usados superam os emplacamentos de novos;

• Os caminhões com até 5 anos de uso concentram a maior fatia de negócios;

• A valorização dos usados reflete a confiança do setor na longevidade dos veículos modernos.

Esse cenário cria oportunidades tanto para quem deseja renovar a frota quanto para quem busca um modelo seminovo com bom custo-benefício.

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Frota Circulante: Caminhões Seguem Dominando o Transporte de Cargas

A frota circulante brasileira mantém sua característica fortemente rodoviária. Os caminhões continuam sendo os protagonistas do transporte de cargas no Brasil, especialmente devido à carência de infraestrutura ferroviária e à capilaridade do transporte rodoviário.

Em 2024, os números da frota indicam:

• Renovação gradual, mas significativa, de veículos antigos por modelos mais tecnológicos;

• Maior participação de veículos com eficiência energética e menor impacto ambiental;

• Aumento da utilização de tecnologias embarcadas para rastreabilidade, segurança e conectividade.

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Gráficos e Dados Relevantes

Evolução Anual da Venda de Caminhões (%)

Fonte: FENABRAVE 2024

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Participação por Subsegmento (2024)

• Caminhões Leves: aumento tímido, com maior uso urbano

• Semipesados: retomada sólida impulsionada pela logística

• Pesados: lideraram os emplacamentos, graças à demanda por transporte rodoviário de longa distância

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O Que Esperar de 2025?

Com a perspectiva de redução gradual da taxa Selic e maior acesso ao crédito, a tendência é de manutenção no ritmo de crescimento para o setor de caminhões. Outro ponto que pode impulsionar o mercado é a expansão das zonas de restrição urbana, o que tende a aumentar a procura por veículos com tecnologia limpa e conectividade embarcada.

Empresas que estiverem atentas à modernização da frota e à sustentabilidade logística sairão na frente.

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Conclusão

O mercado de caminhões mostrou sua resiliência em 2024 e tudo indica que continuará aquecido em 2025. A adoção do EURO 6, a valorização dos seminovos e o fortalecimento da logística nacional criam um cenário positivo para transportadores e profissionais do setor.

Se você trabalha com transporte, logística ou serviços para frotas, esse é o momento ideal para avaliar seus ativos, planejar investimentos e aproveitar os incentivos disponíveis no mercado.

O trânsito brasileiro vive um cenário de alerta. Somente no último ano, foram registrados mais de 72 mil acidentes e 6 mil mortes nas rodovias federais, segundo dados apresentados no Viagem Segura – Guia CNT de Segurança nas Rodovias 2025. Esses números reforçam a urgência de intensificar ações de prevenção e educação, além da melhoria contínua da infraestrutura viária para salvar vidas.

O desafio da segurança viária

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os acidentes de trânsito já são a principal causa de morte entre jovens de 5 a 29 anos em todo o mundo. Em resposta a esse panorama, a Assembleia Geral da ONU instituiu a Segunda Década de Ação pela Segurança no Trânsito (2021-2030), com a meta de reduzir em pelo menos 50% as mortes e lesões no trânsito até 2030. No Brasil, o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), alinhado ao conceito de “Visão Zero”, reforça a importância de infraestrutura, fiscalização e conscientização para alcançar esse objetivo.

Principais fatores de risco

O Guia CNT destaca que diversos fatores podem influenciar a ocorrência de acidentes — condições das vias, problemas mecânicos, fatores climáticos e, sobretudo, o comportamento do condutor. A chamada “reação tardia ou ineficiente do condutor” aparece como a causa mais frequente de acidentes, enquanto “transitar na contramão” desponta como o principal motivo de acidentes com óbitos.
Ainda de acordo com os dados, o tipo de acidente mais comum nas rodovias federais é a colisão, respondendo por 60,8% dos casos registrados. Em seguida, surgem as saídas de pista e os capotamentos ou tombamentos. Além disso, as colisões e os atropelamentos são os que mais resultam em fatalidades.

Rodovias que perdoam

Um ponto fundamental abordado no guia é o conceito de “rodovias que perdoam”: infraestrutura projetada para minimizar as consequências de eventuais falhas humanas. Nelas, são instalados dispositivos que alertam o condutor sobre saídas de faixa, absorvem parte do impacto em casos de acidentes e contribuem para manter o veículo na via. O Painel CNT de Rodovias que Perdoam, por exemplo, avalia o grau de “perdão” de cada trecho rodoviário, permitindo ao usuário verificar onde há maior risco de consequências graves em caso de sinistro.

Infraestrutura em alerta

Ainda segundo a pesquisa CNT de Rodovias 2024, cerca de 67% da extensão das rodovias brasileiras apresenta algum tipo de deficiência, seja no pavimento, na sinalização ou na geometria da via. É um dado que revela a urgência de investimentos em manutenção e aprimoramentos estruturais, especialmente em pontos críticos, para reduzir os riscos e tornar as viagens mais seguras.

Recomendações para uma viagem segura

• Respeite a sinalização e os limites de velocidade: a pressa muitas vezes leva a infrações e manobras perigosas.

• Verifique as condições do veículo antes de pegar a estrada: pneus, freios, sistemas de iluminação e fluidos.

• Mantenha atenção máxima ao dirigir: celular, conversas paralelas e distrações diversas podem ser fatais.

• Ultrapasse com segurança e apenas onde for permitido: evite se arriscar em locais sem visibilidade ou proibidos.

• Descanse antes de iniciar a viagem: fadiga e sonolência são causas recorrentes de acidentes.

• Respeite os mais vulneráveis: pedestres, ciclistas e motociclistas merecem distância segura e cuidado redobrado.

Essas e outras dicas ganham relevância num contexto em que as estradas, apesar de essenciais para a economia e a mobilidade, ainda apresentam riscos consideráveis. A meta de reduzir pela metade o número de mortes no trânsito até 2030 não pode ser alcançada sem um compromisso coletivo: governos, iniciativa privada e, principalmente, condutores — todos devem estar envolvidos na construção de um trânsito mais seguro.

Para conferir o conteúdo completo, acesse o relatório na íntegra em:
https://www.cnt.org.br/pesquisas